
José Maria Neves
Instrumentista, Regente Natural de São João Del Rei Nasceu em 20 de agosto de 1943 Falecido em 27 de novembro de 2002 Gênero musical: outroMusicólogo. Violinista. Regente. Na Universidade do Texas em Austin (EUA) e na Universidade Nova, de Lisboa, cursou Pós-Doutorado. Especializado em música eletroacústica. Filho do violonista, compositor e maestro Telêmaco Vítor Neves. Irmão de Dom Lucas Moreira Neves. Ainda pequeno, o pai o matriculou no Conservatório Estadual de Música de São João Del Rei, em Minas Gerais. Logo depois, mudou-se para o Rio de Janeiro e passou a estudar com o maestro Guerra Peixe e com Esther Scliar nos Seminários de Música Pró-Arte. Entre 1969 e 1971, cursou mestrado no Instituto de Musicologia de Paris, com orientação de Jacques Chailley, sobre os choros de Villa-Lobos. Por essa época, freqüentou o curso de especialização no Conservatório Nacional Superior de Música, com Pierre Schaeffer e no Instituto Católico de Paris, com Stephane Caillat. Estudou composição e regência em Sorbonne, onde conheceu o músico e físico Martenot, inventor do instrumento eletrônico. Voltando ao Brasil, em 1971, foi professor titular de Musicologia no Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro, até 1981. A partir de 1973, atuou como professor titular em Musicologia e História da música na UNI-Rio. Entre 1974 e 1976, fez doutorado no Instituto de Musicologia de Paris, apresentando a tese “Tendências da Música Brasileira Contemporânea”. A partir de 1974, foi consultor para o Ministério da Cultura. Entre 1972/74 exerceu o cargo de presidente da Sociedade Brasileira de Educação Musical. A partir de 1977, regeu a Orquestra Ribeiro Bastos de São João Del Rei (uma das mais antigas do país, da qual seu pai fora também regente). A partir de 1981, exerceu a função de coordenador do Centro de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão. Pertenceu à Equipe Permanente dos Cursos Latinos-Americanos de Música Contemporânea entre 1978/86. Autor dos livros: “Villa-Lobos, choro e os choros” (Editora Ricordi, 1981 São Paulo); “Música Brasileira Contemporânea” (Ed. Ricordi, 1982); “A Orquestra Ribeiro Bastos e a vida musical em São João Del Rei” (Ed. Globo, 1984, RJ); “Te Deum em ré” (UFMG, 1989, BH); “Basílo Itiberê: Vida e obra” (Fundação Cultural, 1996, Curitiba) e “Música Sacra Mineira” (Funarte, 1997). Publicou diversos artigos: “Éduquer par et pour la Musique Contemporaine”; “Danses dramatiques brésiliennes”; “Situação e problema da música mineira contemporânea”. Desde 1968 pertencia ao corpo docente do Instituto Vila-Lobos da Uni-Rio, recebendo o título de “Professor Titular Emérito” ao se aposentar em 1997. A partir de 2001 assumiu a presidência da Academia Brasileira de Música. Foi membro do Conselho Editorial de periódicos do Brasil e dos Estados Unidos. Fez parte da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música entre os anos de 1975/1999. Sua obra editada sobre música tem mais de 50 títulos entre livros, edições críticas de partituras e artigos. Faleceu vítima de uma leucemia.
Como Regente da Orquestra Ribeiro Bastos, de São João Del Rei, fez turnês por todo o país, gravando discos com obras de autores mineiros dos séculos XVIII e XIX. Entre 1979 e 1984, produziu para a Edições Tacapé, de São João Del Rei, os discos “Semana Santa em São João Del Rei”, “Matinais de Natal”, “Novena do Carmo”, “Missa a Cinco Vozes”, “Chico Antonio – No Balanço do Ganzá”, “Folias de Reis no Rio de Janeiro”, “Festa de Passos”, “Encomendações de Almas e Modinhas do Brasil”. Em 1989, recebeu a Medalha do Mérito Artístico do Conselho Brasileiro de Dança. Neste mesmo ano, foi eleito Membro da Academia Brasileira de Música, ocupando a cadeira n° 12. No ano de 1995, foi eleito presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música. Em 1997, foi eleito o Musicólogo do Ano pela Funarte. Foi autor de ensaios eletroacústicos. Compôs trilhas para peças teatrais
http://www.memoriamusical.com.br/
http://www.discotecapublica.com.br/
https://acervosmusicais.wordpress.com/
http://acervocompositores.art.br/
http://www.violaobrasileiro.com.br/
http://jornalggn.com.br/blogs/laura-macedo
http://www.otempo.com.br/hotsites/concha
http://musicosdobrasil.com.br/dissertacoes.jsf
ALBIN, Ricardo Cravo. MPB: A História de um século. Rio de Janeiro: Funarte, 1997.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
CABRAL, Sérgio. No tempo de Ary Barroso. Rio de Janeiro: Lumiar, 1993.
CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.
EFEGÊ, Jota. Figuras e coisas da Música Popular Brasileira. Rio de Janeiro: MEC/Funarte, 1978.
EPAMINONDAS, Antônio. Brasil brasileirinho. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro,1982.
História da Música Popular Brasileira. São Paulo: Editora Abril, 1982.
LUNA, Paulo – No compasso da bola. Rio de Janeiro, Irmãos Vitale, 2011.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.
MARIZ, Vasco. A canção brasileira. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2000.
MORAES, Mário de. Recordações de Ary Barroso. Rio de Janeiro: MEC/FUNARTE,1979.
REPPOLHO. Dicionário Ilustrado de Ritmos & Instrumentos de Percussão. Rio de Janeiro: GJS Editora, 2012. 2ª ed. Idem, 2013.
SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume 1. São Paulo: 34, 1997.
TINHORÃO, José Ramos. Música popular – teatro e cinema. Rio de Janeiro: Vozes, 1972.
VASCONCELOS, Ary. Panorama da Música Popular Brasileira. Vol. 2. Rio de Janeiro: Martins, 1965.